Da importância de se preservar qualquer foto (avisem às futuras viúvas!).
...um registro curioso. Na verdade, extremamente inusitado, entre as rotinas do Primeiro Grupo de Aviação Embarcada, a bordo do Minas Gerais. Na reprodução do slide, avulso, que eu encontrei entre os escombros da Embarcada, e que encima este artigo, reparem na estrutura amarela, sobre rodas, na frente do 7017: é uma Unidade de Força Terrestre (UFT). Jamais havia, sequer, ouvido falar do emprego de uma UFT, ou, "a fonte", como as chamávamos corriqueiramente em Santa Cruz, no Minas Gerais. Muitas vezes chamávamos de APU (Auxiliary Power Unit) uma unidade deste tipo, uma MD-3, de origem norte-americana, que usávamos na BASC quando cheguei lá, em JUN88. Mas a abreviatura em inglês caiu em desuso, conforme unidades fabricadas no Brasil começaram a ser introduzidas.
Seja como for, em outra oportunidade, encontrei um negativo (vejam como as cores estão mais deterioradas em relação ao slide, acima), uma foto do Sargento Gustavo, dos tempos em que ele recebia instrução para tornar-se o brilhante caçador de submarinos que eventualmente se tornou. Nela, aparece entre a pá da hélice ESQ e da porta do trem de pouso do nariz do 7035, mais uma vez, uma UFT. Embora as diferenças que se notam nas condições de tempo e nas roupas, entre as duas imagens, não há como determinar se as duas imagens são da mesma data/missão; elas podem indicar que o emprego das UFTs pode ter se prolongado por algum tempo. Quem sabe, novas fotos, vindo de arquivos pessoais, possam ajudar a contar mais esta história da história da Embarcada.
O que torna a presença das UFT a bordo do Minas Gerais, um evento tão inusitado, é o fato do Minas possuir estações, tomadas elétricas, sete, se não me engano, ao redor do convés de voo, com as cablagens apropriadas. Sempre fornecendo 28 Volts de Corrente Contínua (VDC), estas estações permitiam que a faina de acionamento dos sistemas de partida/ignição dos aviões e helicópteros, acontecesse com um mínimo de movimentação de material e pessoal; coisa sempre muito perigosa entre hélices em movimento... com vento sobre o convés... com o balanço do navio... e à noite. Desconheço as circunstâncias que determinaram o uso daquele equipamento....
Será que não estava com problemas no sistema de energia? Abraços!
ResponderExcluir...salve, Arthur, é algo que me passa pela cabeça, também; como uma mera experiência, prevendo uma situação de emergência, causada por danos em combate, da mesma maneira. Quem sabe...
ExcluirSerá que não estava com problemas no sistema de energia? Abraços!
ResponderExcluirThiesen, essa APU era a gasolina?
ResponderExcluir...eram, sim, Gustavo...
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