Duas fotos, e uma pequena nota de rodapé na existência cheia do 7034.


Foto do arquivo pessoal do veterano da Embarcada, William Barros, podendo ser o caso de ter sido tirada no embarque de Rio Grande, em 1987.

...o P-16E 7034 (BuNo 152827), do Primeiro Grupo de Aviação Embarcada, estava entre os oito S-2E comprados pelo governo do Brasil, em 1975. "S-2" era a maneira como a Marinha dos Estados Unidos (USN) chamava estes aviões, cujo complexo sistema de designação (piorado aqui no Brasil!) está coberto em outro artigo aqui no Blog, para o caso de algum leitor mais ávido das coisas do 1º GpAvEmb quiser dar-se ao trabalho da leitura (Na verdade, já publiquei também, pelo menos dois artigos centrados no próprio 7034).

O BuNo 152827 (o primeiro da D para a E) já apartado, entre os seus irmãos que receberiam matrículas da Força Aérea Brasileira, sob o sol da NARF Jacksonville, onde eles foram revisados e padronizados de acordo com a encomenda brasileira. Esta imagem é de um slide que eu encontrei entre as caixas de auxílio à instrução, do GAS (Guerra Anti-submarino), setor do GAE encarregado da instrução dos recém chegados à unidade. Foi uma sorte para a posteridade!

Seja como for, conforme eu nominei o título deste artigo, e tenho certeza que os atentos leitores concordarão comigo, o seu objeto, apresentado nas duas próximas fotos, não passa de uma "nota de rodapé" da passagem do 7034 à serviço da Embarcada. Na verdade, como o 7034 foi fabricado em AGO66, ao serviço prestado no Brasil, adicionava uns bons nove anos de serviço à USN. De qualquer maneira, eu colhi estas duas fotos dentre os descartes do OSP do 4º/7º GAv, que foram empilhados no centro do hangar dos Zeppelins, lá por 2000/2001, destinados à reciclagem de papel, mas que sobre os quais eu pude colocar meus olhos (e mãos).

Setembro de 1982, e o 7034 com um pneu estourado. Era uma época de fragilidades: o equipamento original desgastado, câmbio desfavorável, tentativa de nacionalização de itens de suprimento, e baixa na qualidade, Incidentes deste tipo eram comuns.

Fica bastante evidente o desvio para a ESQ causada pelo grande arrasto do pneu estourado. O avião estava taxiando, a baixa velocidade. Tivesse estourado no pouso, se o piloto não respondesse com a rapidez necessária com potência assimétrica e freios, o resultado seria o avião saindo da pista. Grande quantidade de evidências fotográficas neste particular...

As duas fotos trazem a data "Setembro 82" escrita no verso, e eu, em nome do meu compromisso pessoal de dar publicidade a tudo que eu pude juntar da história do 1º GpAvEmb, as publiquei na página do FB dos veteranos do Grupo, de alguns grupos de aviação, e da minha própria. Através delas, um amigo, Thiago, que é filho de um antigo piloto da Embarcada, Roberto Doerl, Cardeal 144, me alertou que o pai dele era quem estava no comando do "34" naquele evento...


A última foto que eu fiz do 7034, quando ele deixou Santa Cruz em direção à São Carlos, para o museu Asas de um Sonho, em 24JAN02. reparem no radome do radar em seu alojamento, a haste do Detector de Anomalias Magnéticas (MAD Boom), e acima deste, o alojamento do bote salva-vidas coletivo, que deveria ser acionado automaticamente, se o avião tocasse a água salgada.


Foto pescada na Web, do 7034 sendo preparado para exposição em São Carlos. A pintura que ele recebeu, contudo, ficou muito ruim, vamos concordar...


Comentários

  1. De fato, busquei as fotos dele no Museu. conseguiram errar até a fonte do "FORÇA AÉREA BRASILEIRA"

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    1. ...ficou, historicamente, muito ruim, de fato. Muito obrigado, Gustavo...

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