Sobre formação de pessoal.
...depois de voltar do seu período inicial de treinamento e recebimento dos aviões e helicópteros nos Estados Unidos, os dois esquadrões do Primeiro Grupo de Aviação Embarcada enfrentaram a natural perda de pessoal treinado em virtude de transferências, passagem para a reserva, eventuais falecimentos, etc. É claro, havia o recompletamento dos seus quadros com a chegada de pessoal transferido de outras unidades, ou, vindos das escolas de formação, mas a estes faltava o treinamento específico para as coisas e missões da unidade. Justamente por isto, uma vez que a FAB não possuía uma unidade de transição, ou, de conversão operacional, o 1º GpAvEmb precisou tomar a si a responsabilidade pela formação dos seus novos integrantes, inclusive, a formação de suas novas equipagens de combate.
Cabia, portanto à unidade dar conta de manter a sua própria proficiência, não só na manutenção dos aviões, mas, também, da sua missão de combate precípua: procurar por, localizar, identificar e destruir submarinos que ameaçassem os interesses brasileiros, quer utilizando seus helicópteros quanto os seus aviões. É bom lembrar que, em 1963 o 1º GpAvEmb ainda não pousara a bordo do Minas Gerais, prevalecendo o litígio entre a Marinha e o MAer pelo direito de operar a grupo aéreo daquele porta-aviões.
De acordo com o Capitão José Orlando Tavares de Souza: "Embora em 63 eu ainda fosse aluno, cheguei a conhecer alguns [...]" como o segundo cavalheiro a partir da ESQ, Sargento Rubens, RTVo; o próximo está sendo cumprimentado pelo então comandante da unidade (em sua primeira "gestação"), o então Major Carvalho, que comandou a unidade em duas gestões. Observa, sorridente, o Ten. Drummond. |
Poderá soar inusitado, mas o GAE possuía até mesmo um sofisticado laboratório de línguas, uma vez que nossas publicações operacionais e de manutenção chegavam até nós, do mesmo jeito que chegavam às unidades da Marinha dos Estados Unidos, ou seja, no inglês original. O arranjo, no tocante à formação de pessoal, entretanto, não era o mais confortável uma vez que os aviões e equipamentos sofriam um desgaste acelerado, na medida em que, além do emprego operacional propriamente dito, em manobras, exercícios e operações de rotina, eram utilizados, também, para atender às demandas das campanhas de treinamento. E estas tendem a ser mais desgastantes ainda. Isso sobrecarregava a manutenção, e as linhas de suprimento, que com o passar do tempo chegaram ao esgotamento, quer no caso dos P-16A, quer no caso dos P-16E. Claro, os H-34 não experimentaram a mesma má sina, por terem sido transferidos para a Marinha, após o decreto de 1965, que recriou a Aviação Naval, e endossou a vedação à Marinha de operar aviões; além disto eles foram substituídos em 1970 pelos novos SH-3.
Por sua vez, os homens se sobrecarregavam, também, pois que além das suas atribuições diárias nas lidas da unidade, quer de vooo, quer administrativas, quer de manutenção (em muitos casos elas já se sobrepunham!) tinham que ocupar-se da formação e treinamento dos colegas. Nada obstante, inadequações e cansaços à parte, em 23SET63 o 1º GpAvEmb formou suas primeiras turmas de novos tripulantes operacionais, quer para os P-16 do 1º/1º GpAvEmb, quer para os H-34 2º/1º GpAvEmb. As imagens vieram de negativos e fotos que encontrei esparsas durante os anos de Santa Cruz, além das "limpezas" pós desativação da unidade. Não tenho registro sobre quem seriam os fotógrafos...
Bom.dia mestre, referente a última foto, o primeiro da direita, parece muito com o meu Pai, Dagoberto, Cardeal 44
ResponderExcluir...que bom se conseguisses confirmar. Infelizmente, eu não os conheci...
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