De como se vai refinando a raça
...a primeira foto P&B, abaixo, mostra um Grumman Guardian prestes a enganchar a bordo do USS Wright CVL49, em 1951 (foto do National Naval Aviation Museum). Estes aviões eram os responsáveis pela realização das missões Anti-submarino (ASW, em inglês) a partir dos porta-aviões americanos, lá pelo final da década de 1940. Os Guardian, assim como os Grumman Avenger, que eles substituíram, operavam aos pares. Um dos aviões embarcava o equipamento de busca/detecção/identificação (o "Hunter"), e o outro, o armamento para o ataque e destruição (o "Killer"), para o caso de o submersível/alvo fosse classificado como hostil.
Claro, num porta-aviões, onde espaço se traduz em capacidade de combate, em função do número de aviões que se pode embarcar, ter dois aviões para realizar uma única missão, as duplas Hunter-Killer não eram um grande negócio. Neste sentido, a Grumman acabou apresentando uma proposta para unir as duas funções numa célula só, procurando racionalizar a realização das missões ASW embarcadas. Desde seus estágios iniciais, ficou evidente que combustível, armamento, equipamentos eletrônicos (no tempo das válvulas e das pilhas de carvão) e tripulação para operar o complexo todo, exigiria um bimotor, como demonstra o mockup do TB2F que aparece na segunda foto (pescada em http://thanlont.blogspot.com.br/2011_12_01_archive.html). Nele já dava pra se antever as linhas gerais de um S2F, conforme resultou cristalizado o projeto em suas linhas definitivas.
Eram estes os melhores aviões do mundo disponíveis para a ASW, a partir de porta-aviões, em 1957. E continuaram nesta condição, em versões sucessivas, até 1974, quando foram substituídos pelos S-3, como o que aparece, recortado, junto do S-2G BuNo 152374 na foto a cores, lá em cima, durante o voo de despedida dos S-2 do serviço ativo na Marinha dos EEUU. Mas eu citei 1957, porque este foi o ano em que a Marinha do Brasil, com a compra do Minas Gerais, em 1956, forçou a FAB a criar o Primeiro Grupo de Aviação Embarcada. O 1º GpAvEmb, ainda que tenha sido equipado com aviões (S2F-1) e helicópteros (HSS-1), em 1961, haveria de imprimir sua marca na história da aviação miliar no Brasil, quase exclusivamente com este avião. No Brasil, os S2F, mais tarde chamados S-2, foram rebatizados de P-16. Dentre tantos outros países, os holandeses também se serviram destes poderosos aviões a bordo do seu porta-aviões, como aparece na última foto, que eu pesquei de algum lugar não lembrado...
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