A Lei de Murphy é "infalhável"... diferentemente dos garfos de reboque.
...durante abril e junho de 1996 o Minas Gerais participou de uma operação CARIBEX, que incluiu uma pernada inusitada, até Pensacola, na Florida. O objetivo, lá, era receber oito helicópteros SH-3 adquiridos de segunda mão da Marinha dos Estados Unidos.
Aparentemente, ainda no Golfo do México, o 7034 viu-se envolvido num incidente durante a espotagem no hangar do navio. O fotógrafo do Primeiro Grupo de Aviação Embarcada era o Sargento Carlos Alberto, e as fotos do incidente devem ser todas dele. Na verdade, o que me surpreendeu foi saber disto ao escanear os negativos da Embarcada, porque, estando a bordo também, eu não tinha a menor lembrança do incidente. E quem me conhece sabe, que eu estava sempre farejando o que quer que fosse, para fotografar, que dissesse respeito da Embarcada; mas deste incidente eu não tinha a menor lembrança.
Um close que aponta o local do rompimento da trava que deveria manter o garfo de reboque no lugar. |
Seja como for, aparentemente, das fotos se depreende que a trava do engate do garfo de reboque foi forçada ao ponto de ruptura, estivesse ela boa, ou já com algum comprometimento, frágil (ninguém vai pensar que alguém iria instalar o garfo sem a devida trava). Os braços do garfo de reboque, ficavam presos à argolas que os P-16 tinham na cauda, para esta finalidade. Foi por isto, ou, em decorrencia disto, que o 7034 acabou tendo o profundor DIR amassado contra a cortina corta fogo central do hangar. Uma outra vez eu já escrevi aqui, sobre as dificuldades de se movimentar aviões em um espaço extremamente limitado, e onde o chão não para de se mexer. Continuam valendo todas as considerações que teci, então. Na verdade, vivíamos os estertores da Embarcada; mal conseguimos colocar dois aviões a bordo, no que seria a nossa última comissão internacional... mas poucos de nós tinham consciência disto... dá uma baita tristeza, até hoje. Se me for perdoada a construção poética, eu direi que os negativos foram retirados das fogueiras de "lixo" que iluminaram a noite da extinção do 1º GpAvEmb.
A identidade da vítima. |
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