Arranhões na pintura, normalmente são problemas de estacionamento.


...as operações UNITAS eram uma grande manobra que a Marinha dos Estados Unidos (USN) realizava, todos os anos, com as marinhas do sul do continente. Uma Força Tarefa (FT, ou, TF -Task Force- em inglês) da USN dava início ao exercício com um périplo pela costa do Pacífico, desenvolvendo exercícios diversos com as marinhas dos países cujos litorais são banhados por aquele oceano.


Vencida a passagem entre as costas ocidental e oriental da América de "nosotros", a FT tomava a proa Norte. Evidentemente, as atividades pela costa atlântica iniciavam pelas águas da Argentina, e muitas vezes, para a Marinha do Brasil, era em Buenos Aires, ou Puerto Belgrano, que iniciavam os exercícios; e, desde 1965, estando o Minas Gerais envolvido, lá estava o Primeiro Grupo de Aviação Embarcada. Nada obstante, algumas vezes, alguma indisponibilidade do Mingão fazia com que o GAE participasse das UNITAS operando a partir de bases terrestres, ao longo do litoral. Outras vezes, uma fração da unidade ia embarcada, e outra, "pulando" entre as bases e aeroportos ao longo do litoral.

 



De uma maneira geral, na costa brasileira propriamente, os norte-americanos chegavam em outubro. Pois foi numa UNITAS, a UNITAS XXII, em 1981, que a "bruxa" andou solta pelo Minas Gerais. Esta informação eu tiro, exclusivamente, dos registros dos serviços fotográficos do 1º GpAvEmb, e dos envelopes com os respectivos negativos que eu consegui recolher. De fato, vê-se ali que o 1º GpAvEmb experimentou uma série de incidentes, e um acidente, a bordo do venerável Minas Gerais. O acidente já foi objeto de um artigo aqui neste Blog, contando do célebre "dia em que o 7034 rebocou o Minas Gerais". Dentre os incidentes, tivemos este, em que o 7030 (que haveria de ser o nosso avião mais voado, com mais de 10.000 horas), "foi chocado" contra a ilha do Minas Gerais. De fato, a equipe de reboque da Marinha arranhou a pintura do porta-aviões com o profundor de bombordo do 7030. Infelizmente, nem o livro de registros, nem o envelope respectivo, dão indicação de quem foi o photógrapho...
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Naquele mesmo embarque, o Sargento Aguiar registrou como ficou a extremidade da haste do Detector de Anomalias Magnéticas do 7031, após um choque contra o convoo, no retorno do avião de uma missão onde, aparentemente, ficou impossibilitado de recolhê-la.

O acidente com o 7034 foi registrado, também, pelo então Sargento Cinello, que registrou aqui, a marca do pneu ESQ do avião, enquanto a tripulação tentava (precisa dizer "desesperadamente"?) jogar o avião de volta pro ar.

O Sargento Cinelo (que alcançou o posto de Capitão, antes do fim da sua profícua carreira), fez a cobertura de mais este incidente de tratoramento, no hangar do Minas, registrado como sendo, também, com o 7031. 
Há ainda, um envelope de OUT81 com quatro frames, dos quais este é um, no qual aparece esta marca estranha no pneu, mas não indica o fotógrafo, circunstâncias ou o avião envolvido.



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