Entusiastas, pesquisadores e patrimônio preservado: o P-16 7015.

Um velho diapositivo, encontrado após a desativação do 1º GAE, mostrando o 7015 em seu ápice, como caçador de submarinos, a bordo do Minas Gerais. Muito difícil tentar uma aproximação temporal; Início dos anos 1980?

 ...o Leandro Casella é um jornalista especializado nas coisas da aviação. É, também, um pesquisador incansável, e cheio de recursos, sempre de olho nas coisas da história da aviação. Eu o conheço desde os tempos da revista Radar, publicada em Porto Alegre, onde pude ajudar com fotos numa reportagem sobre o Primeiro Grupo de Aviação Embarcada, publicada em 1999. Além disso ele tem vários livros publicados em parceria com o Rudnei Dias da Cunha, incluindo um sobre os nossos P-16 (Grumman S-2 no Brasil/ Grumman S-2 in Brazil). Título obrigatório para quem se interessa pelas coisas da Embarcada, ou do avião em si.

Em Conchal, foto da página do FB do Recanto Diegues, via Leandro Casella.

Em Conchal, como se vê, a principio o 7015 não estava coberto. A iniciativa de cobrir o avião bem que poderia ser seguida pela FAB, prefeituras, ou quem detenha a carga de células de aviões espalhados pelo país. Só isto acrescentaria muitos anos de preservação das células. Foto da página do FB do Recanto Diegues, via Leandro Casella.

Pois este cara, em AGO15 encontrou fotos e informações do paradeiro do UP-16 7015: "- Achei!" escreveu ele no 'imeil': "Depois de muito procurar... achei o bendito 7015!" É bom ter em conta que aí por MAI13 é que o J. Vaz, antigo Especialista em Armamentos do Primeiro Grupo de Aviação Embarcada criou a página de veteranos da unidade no Facebook, e a Embarcada começou  a aparecer um pouquinho mais, fazendo com que muitos pedaços da história do 1º GAE começassem a aparecer.

Foto da página do FB do Recanto Diegues, via Leandro Casella.

Foto da página do FB do Recanto Diegues, via Leandro Casella.

Coletadas no grupo de veteranos, as informações transbordavam dali para um público aumentado, à medida que algumas coisas da página nós compartilhávamos com outras páginas de entusiastas de aviação, no intuito de incentivar a curiosidade sobre esta unidade de combate única na história da aviação brasileira (o livro do Casella e do Rudnei é de 2016). Pessoalmente, eu sabia do destino dos P-16 leiloados pelo Parque de Material Aeronáutico de São Paulo (PAMA-SP), graças às informações que o Brigadeiro Barreira, Cardeal 175, servindo no PAMA à época do leilão, compartilhou conosco. Mas não tive contato com os documentos referentes, nem fazia ideia do uso dado ao 7015, nem a finalidade da propriedade para onde sabia-se que ele tinha ido.

"[...] Está numa chácara de eventos (Club Med Caipira) chamado recando Diegues em Conchal SP, perto de Rio Claro. Eis umas imagens do FB deles.

Parece que inicialmente não tinha Hangarete... hj tem. Está em full c/s GAE e parece que com a inscrição P-16 na deriva.

Consegui achar tb o edital do PAMA-SP de venda deles em 1997."

Foto da página do FB do Recanto Diegues, via Leandro Casella.

Como cidadão, eu celebro saber que este pedacinho da história do país desmemoriado não virou embalagem de cerveja, e que continua prestando um serviço de utilidade pública, de instrução, de incentivo à curiosidade e preservação. Como veterano da Embarcada eu folgo em saber que existem estímulos a que se continue falando sobre as coisas nas quais nós, os veteranos, empenhamos tantos sacrifícios pessoais, e anos das nossas vidas.

O Tenete Mounir Rahman apontando as cicatrizes no asfalto deixadas pelo acidentado 7015, em 13JUN84, para os fins da confecção do Relatório sobre o acidente. O 7015 está lá no fundo, apoiado sobre a sua barriga, e com a grande grua do Batalhão Escola de Engenharia do Exército pronta para erguê-lo. Rijo como só os P-16 sabiam ser, foi recuperado e voltou ao voo.

MUITO OBRIGADO Casella, e eu gostaria de apertar a mão do senhor Mauro Diégues um dia desses, em agradecimento, também.

Manche do piloto do 7015, de um diapositivo usado como auxílio à instrução, nos cursos de formação dos novos integrantes que chegavam ao Grupo.

Manche do copiloto, do 7015, de um diapositivo usado como auxílio à instrução, nos cursos de formação dos novos integrantes que chegavam ao Grupo,  e que eu tive a sorte de preservar após a desativação da unidade.

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